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Product placement x Merchandising: existe diferença?

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A publicidade, atualmente, está em todo lugar e isso ninguém pode negar. Seja de forma escancarada, como em um intervalo comercial, ou de forma mais sutil, como no caso do product placement, por exemplo.

Porém, mesmo apresentando-se de forma descarada, ainda permanecem algumas entre-linhas e sutilezas. Pode-se tomar como exemplo os inúmeros estudos e experimentos que mostram a facilidade das crianças para reconhecerem logos de marcas famosas. Esse assunto, inclusive, já foi abordado como tema da redação do ENEM em 2014, devido à gravidade da situação.

E isso não se resume às crianças. Nós adultos também somos constantemente bombardeados por imagens e sons milimetricamente pensados para terem o impacto desejado pelas marcas.

No senso comum acabamos nos referindo a essas práticas, tanto as sutis, quanto as evidentes, como “merchan”. Mas será que é correto?

O que é merchandising?

O merchandising visa impulsionar a decisão de compra do cliente.

Mas ok. Todas as marcas querem isso.

O que caracteriza essa prática é o fato de se referir às práticas que ocorrem nas próprias lojas e estabelecimentos, os chamados pontos-de-venda (PDV).

O vídeo a seguir é um exemplo bem humorado dessa prática:

Como visto, essa prática claramente não é tão sutil assim, e é aí que entra o conceito de product placement.

E o product placement?

Foi nos anos oitenta que o cinema, a televisão e o rádio perceberam que o conteúdo que produziam era seus pontos-de-venda. E desde então é comum a inserção de marcas e produtos em filmes, séries, novelas e, de forma menos comum, em programas de rádio.

A particularidade e o poder dessa técnica estão na forma sutil e, às vezes, quase despercebida que se apresenta ao espectador. Por isso, ele apresenta custos elevados para as marcas que desejam inserir seus produtos em conteúdos.

Um dos exemplos mais marcantes desse aspecto está no filme Minority Report (2002), do Spielberg. O orçamento de US$ 102 milhões teve quase um quarto custeado por cenas pagas, pela presença de marcas diversas.

Product placement visual da Reebok em Minority Report (2002)

Product placement visual da Reebok em Minority Report (2002)
Product placement visual da Guinness em Minority Report (2002)

Product placement visual da Guinness em Minority Report (2002)

E não para por aí.

Os três tipos de product placement

O primeiro é o visual, quando a marca só é mostrada na tela. O verbal, é quando a marca é inserida no roteiro e falada pelos personagens. Combinando esses dois e possuindo um grau ainda maior de sutileza, está o product placement integrado. Nele, a marca é inserida de tal forma no enredo, que aparece de forma natural e verossímil na realidade dos personagens.

Um outro exemplo é o clipe Disk Me da Pabllo Vittar, que conta com alguns product placements visuais.

Product placement visual da Quem Disse Berenice em Disk Me, da Pabllo Vittar

Product placement visual da Quem Disse Berenice em Disk Me, da Pabllo Vittar.
Product placement visual da Ben & Jerry's em Disk Me, da Pabllo Vittar

Product placement visual da Ben & Jerry’s em Disk Me, da Pabllo Vittar.
Product placement visual da Adidas em Disk Me, da Pabllo Vittar

Product placement visual da Adidas em Disk Me, da Pabllo Vittar.

Por fim, o product placement é uma forma das marcas se aproximarem dos valores dos artistas. Nesse caso, a Quem Disse Berenice, Ben & Jerry’s e Adidas estão reafirmando seu apoio à diversidade e presença com o público jovem.

Uma última curiosidade é que a Ben & Jerry’s pagou mais caro que a Quem Disse Berenice por seu produto aparecer no meio do clipe, momento em que a audiência está mais imersa no conteúdo. Então, se você quiser se aprofundar mais um pouco sobre o conceito de merchandising, lê esse texto do nosso blog.

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