Para quem estuda e trabalha, final de semestre é uma loucura. Tudo o que queremos é melhorar nossa organização e produtividade nesse momento. E se eu te falar que tenho a solução perfeita para você? Pois é! Vem ver como a multitarefa pode otimizar seu tempo e como a cultura de feedback pode te deixar ainda mais produtivo.
Multitarefas já fazem parte do nosso dia a dia, sempre estamos conectados em várias mídias ao mesmo tempo.
Multitarefas vs. mudança de tarefas
Ao pesquisar sobre multitarefas, você já deve ter lido manchetes de que na verdade essa prática diminui sua produtividade. Porém, ao ler os textos, percebe-se que eles, na verdade, deveriam estar se referindo à prática de mudança de tarefas.
Mas qual a diferença entre elas?
“Mudança de tarefas se refere ao fato de você ficar mudando sua atenção de uma tarefa para outra. Você pode estar mudando entre duas tarefas ou até mais”. Afirma Susan Weinschenk, Ph.D., CEO e Chefe científica de comportamento na The Team W.
Com essa mudança de contexto, o nosso nível de glicose cai e demora um certo tempo para se restabelecer. Isso é contra-produtivo, pois a glicose é a nossa fonte de energia primária, descreve Weinschenk. Ou seja, fazer fichamento de texto, parar, ler uma notícia e depois dar uma escaneada nas redes sociais só serve para que cansemos mais rápido e nosso rendimento caia.
Visto isso, a multitarefa foca na otimização do nosso tempo. Ela propõe que, tendo vários afazeres e objetivos, nos tornaremos mais produtivos quando percebermos as similaridades entre alguns deles e usarmos essa análise para integrá-los. A famosa redução de redundâncias.
Por exemplo, suponhamos que em uma aula de sociologia temos que escolher entre Durkheim, Marx e Weber para resenhar. Se a próxima prova é sobre Weber, por mais que Durkheim ou Marx estejam mais frescos em nossa memória, é mais sábio escolher Weber já que estaremos, por consequência, estudando para a próxima prova.
Tarefas que usam a mesma parte do cérebro não combinam!
Além de avaliar as redundâncias, é legal também analisar na sua rotina coisas que você sente falta, e adequar esses objetivos em situações fisicamente não-conflitantes.
Vamos supor que você quer ser mais saudável, quer mais tempo para amizades e quer diminuir as despesas mensais. Que tal acabar com as redundâncias dos três e ir caminhando à uma feira de rua com um amigo?
Você estará praticando exercício físico, comprando comidas mais frescas e baratas e ainda poderá colocar os papos em dia. E se tudo der certo, ainda dá pra planejar uma sessão de filmes na sua casa com comida caseira. Mas e aquele papo de situações fisicamente não-conflitantes? Nesses exemplos que citei, as atividades não causam conflito entre si, e é aí que está a magia da multitarefa.
Ler e-mails de algum cliente no meio da explicação de uma matéria difícil não é nem de longe a melhor forma de aumentar o rendimento no trabalho ou na faculdade, já que o aprendizado é uma experiência multisensorial. Ou então, tentar ouvir áudios do WhatsApp com música tocando, por exemplo; por mais que os celulares automaticamente diminuirão o volume da música, ainda sim haverá informações conflitantes e você não conseguirá absorver nada.
Agora que você já é aprendeu sobre multitarefas, vem ver como a cultura de feedbacks pode te ajudar ainda mais.
Feedback local e global
Tratando-se da otimização de tempo e tarefas, os feedbacks locais são os mais interessantes para nossa evolução a curto prazo. Isso por que eles focam em como você foi na última tarefa ou etapa do seu objetivo.
Assim, os feedbacks locais te dão uma visão mais certeira do que precisa melhorar. Os feedbacks globais, em contraponto, proporcionam uma visão mais geral do seu processo. Ambos têm seu valor, mas os locais são mais assertivos a curto prazo.
Como exemplo da eficácia desses dois feedbacks, tem-se o case do processo seletivo 2018/2 da própria Cria. Enquanto no trainee de Direção de Arte e Gestão de Contas, por exemplo, eram dados feedbacks a cada tarefa, no de Gestão de Pessoas foi dado só um retorno no meio do processo. Como resultado, os trainees de DA e GDC tinham uma noção muito melhor de como estavam indo, em contraponto aos da GP.
Feedbacks e multitarefas
Esse constante retorno do nosso progresso é importante para que nosso cérebro consiga se alinhar aos nossos resultados.
Como nosso foco em uma só tarefa diminui, é importante que voltemos de tempos em tempos com foco total para averiguar e recebermos o feedback. Assim, se o feedback foi positivo, podemos continuar com nosso foco dividido e permanecermos nas nossas multitarefas. Já, se percebermos algo negativo, nos empenhamos em corrigir o problema pontual e voltamos para nossos afazeres.
Em suma, quando se trata de multitarefas:
- É necessário que saibamos analisar as interseções entre nossos diversos objetivos, para usarmos nosso tempo da melhor forma;
- Não vamos gastar nossa glicose focando em tarefas que interferem fisicamente uma na outra. Isso é total contra-produtivo;
- É bom que voltemos nosso foco ao fim de cada estágio das tarefas, para termos uma noção mais pontual do nosso progresso e é isto! Você está pronto para ser um expert em otimizar seu tempo e não se sobrecarregar.
Como deu pra perceber, a multitarefa requer muita organização. É preciso ser estratégico e saber como conciliar as tarefas. No entanto, você realmente está conseguindo se organizar? Que tal conferir esse texto que selecionamos para te auxiliar? Ele tem umas dicas ótimas de como você pode se organizar melhor!
