Search

UFMG EM GREVE. E AGORA?

Rate this post

 Por Ana Laura Loureiro / @soualorero

Registro do momento da votação acerca da aprovação da greve dos docentes durante a Assembleia Geral

no dia 11/04. Fonte: Reprodução APUBH UFMG.


É um fato que quando saiu a notícia de que a UFMG aderiu à greve dos

técnicos administrativos e professores, após Assembleia Geral realizada no dia 11/04, a

maioria dos estudantes pensaram: “E agora, o que acontece?” E, com certeza, grande parte

arrumou suas malas para voltar para cidade natal. Porém, embora seja um período de

paralisação nas aulas, uma greve não é um sinônimo de férias. O porquê disso você vai

entender agora.


Antes de tudo, é essencial entender o motivo da greve estar acontecendo e a sua

importância. Desde o governo anterior, não há um reajuste salarial para os trabalhadores da

educação do país, enquanto outros setores do serviço público tiveram aumento em seus

salários em 2024. E isso não impacta somente a vida dos professores e

técnicos administrativos federais, mas, também impacta a vida de todos os estudantes,

essencialmente aqueles que cursam licenciaturas e os que participam de projetos de

pesquisas e extensão.


Panorama Geral do 1º dia de greve docente na UFMG | APUBH

Faixa de protesto do sindicato dos professores  na UFMG. Fonte: Reprodução APUBH UFMG.


          Agora que explicado o motivo da greve, por que ela não é sinônimo de férias?

 

Embora as aulas tenham sido paralisadas, apesar de alguns cursos continuarem com as

aulas normalmente, existem as atividades especiais que ocorrem e são essenciais para

manter os estudantes integrados durante a greve e informados sobre o decorrer dela.

Geralmente, as atividades são promovidas pelos centros acadêmicos de cada curso,

diretórios acadêmicos e pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), a divulgação delas

ocorre pelas redes sociais de tais entidades estudantis.


Dentre essas atividades, as mais frequentes são aulas abertas sobre temas relacionados à

greve ou movimentos sociais, apresentações de filmes seguidas de rodas de conversa,

assembleias de repasse de informações e também atividades de lazer como aulões de yoga

e zumba.


Um exemplo de representação estudantil que vem promovendo atividades culturais é o

Centro de Convivência Negro da UFMG (CCN), que desde a semana da aprovação da greve

vem organizando ações interessantes em torno da integração dos estudantes com rodas de

conversa e apresentações de filmes e documentários. A programação dessas atividades,

que são para todos os públicos, e estão disponíveis no Instagram do CCN que é o

@ccnufmg.


                                         Mesmo assim, é greve. E agora?


 De fato, a greve ao mesmo tempo que apresenta um motivo nobre para acontecer, ela não

deixa de trazer a incerteza e insegurança para os estudantes, em especial aqueles que não

tem Belo Horizonte como sua cidade natal ou que moram fora do estado de Minas Gerais. A

falta de uma data estipulada é o que gera esses sentimentos, pois ela pode durar tanto

semanas quanto meses. Quem mora distante de BH precisa arriscar uma decisão entre ficar

ou voltar para casa mesmo com a greve podendo acabar a qualquer momento.


Apesar desses fatores, uma greve é um momento de luta e é cultural: por meio dela que

trabalhadores conseguem que seus direitos sejam ouvidos e respeitados por quem governa

o país. E isso envolve também os estudantes que estudam para futuramente trabalhar

naquilo que se imaginam.



Compartilha aí!

Posts Relacionados

comunicação estratégica de marketing