O filme Pantera Negra: Wakanda Forever é uma das principais mídias atuais que trazem o tema de consciência negra. Esse termo ganhou notoriedade na década de 1970, no Brasil, em virtude das tentativas de reparações históricas de séculos de escravidão. Os movimentos negros sempre foram muito reprimidos e violentados, no entanto, a luta antirracista se demonstra em todos os aspectos da sociedade. Assim, trazendo ao contexto atual, alguns produtos da indústria audiovisual tentam buscar a ancestralidade africana ao colocar pessoas pretas como protagonistas.
Um desses produtos é o filme Pantera Negra. Ele fez muito sucesso quando lançado em 2018 e sua continuação, estreada no dia 10 de novembro, também promete grande visibilidade. Temos que ter em mente que a cultura é um jogo de disputas constante entre todas as ideologias, classes e tradições de uma sociedade. Podemos observar o intuito de conscientização acerca da importância da cultura e do valor da população preta. Ainda mais que uma vez que o filme foi lançado no mês da consciência negra.
O cinema uma das expressões culturais mais marcantes da comunicação. O filme Pantera Negra é um grande passo na luta pela visibilidade da população preta. A peça não retrata apenas a história de heróis e vilões. Ela é uma representação também da beleza da cultura africana, como por exemplo em seus figurinos e em seus cenários. O filme fez história ao apresentar um elenco quase inteiramente composto por pessoas pretas, valorizando as particularidades culturais e históricas dos povos africanos.
Pantera Negra é um filme repleto de referências históricas, políticas e culturais que contam a trajetória do movimento negro nos Estados Unidos pela luta por direitos sociais. Vale ressaltar que o filme retrata a riqueza das etnias que compõem a África e valoriza a cultura raiz africana que sofreu repressão durante muito tempo.
Apesar de seu sucesso e sua repercussão, temos sempre que ter um olhar crítico e notar que mesmo que essa produção traga consigo grande visibilidade a questão da consciência negra, ela ainda repete estereótipos de uma “África selvagem”. Como por exemplo o fato de ainda escolherem reis com duelos até a morte, mesmo Wakanda sendo uma utopia futurista, ou ainda os próprios personagens que possuem aspectos tribais ao andarem por sua nação seminus, portando lanças e colares de dentes. Portanto, como questionamento final eu deixo: Tendo o sucesso dos filmes Pantera Negra como evidência, será que a representatividade da população preta no audiovisual já é efetiva atualmente? Para saber mais sobre, acesse e siga nosso podcast, o PodeCria, no Spotify. Lá falamos mais a respeito sobre diversidade e inclusão em obras audiovisuais!
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