Você já se referiu a uma pessoa com deficiência como “especial” ou “retardado”? Ou já pensou que uma pessoa com deficiência é incapaz de trabalhar e ser independente? Entenda mais com a gente sobre essas expressões capacitistas que você necessita repensar!
Capacitismo pode estar relacionado a um conjunto de atitudes preconceituosas que discriminam a capacidade dos indivíduos que possuem deficiência, presumindo – equivocadamente – que essas são incapazes de realizar atividades no cotidiano.
A falta de conhecimento sobre capacitismo, contribui para o preconceito continuar, fazendo com que mais pessoas utilizem termos que discriminatórios contra PCDs e NDs. Desse modo, por falta de informação, as pessoas podem ter comportamento capacitista sem perceber.
Pensando nisso, a Cria separou 5 expressões capacitistas que dificultam a relação com pessoas com deficiência e que devemos evitar, para alcançarmos a inclusão e diversidade.
Ninguém é especial só por ter uma deficiência, deficiência não é qualidade e nem defeito é apenas uma característica. Por tanto, esse é um termo errado, pois ele reforça o estereótipo de que pessoas com deficiência não são “normais”, além de passar a sensação de que pessoas com deficiência devem ser separadas das pessoas sem deficiência, ou seja, reforça a ideia de segregação. Se for chamar uma pessoa com deficiência de especial, faça isso por ela ser realmente especial para você, e não pelo fato dela ter uma deficiência.
Resumir uma pessoa apenas a deficiência dela é bem capacitista, e é isso que acontece quando você chama uma pessoa com deficiência de deficiente, pois você estaria resumindo a pessoa apenas a deficiência dela, como se ela não fosse nada além disso. Definir uma pessoa apenas por uma característica pode ser ofensivo, e quando você utiliza o termo “deficiente” isso é o que você está fazendo.
Nesse sentido, podemos fazer uma comparação com a frase “ loira burra”, frase que resume a falta de inteligência a cor do cabelo, sendo que uma coisa não tem nada a ver com a outra, isso é apenas um estereótipo negativo. Você pode substituir essa palavra por pessoa com deficiência ou PCD que são os termos corretos.
Esse termo apresenta um histórico de preconceito associado a esta palavra, sendo utilizado para se referir à deficiência intelectual, capacidade significativamente reduzida de compreender informações novas ou complexas e de aprender novas habilidades. Além disso, usar tal termo para definir a si mesmo quando fizer algo de errado ou para ofender alguém reforçam uma falsa ideia de superioridade.
Pessoas com deficiência não devem ser tratadas como coitadas nem infantilizadas, e muito menos, serem sinônimos de dó e piedade.
É importante tratar como ela é, ou seja, uma pessoa como qualquer outra, com defeitos e qualidades. Até porque, a deficiência não é um carma ou um castigo divino, como costumam dizer por aí, devemos tirar esses estereótipos super negativos sobre deficiências das nossas cabaças, justamente para não sermos capacitistas. Ter uma deficiência é apenas mais uma característica de uma pessoa, e a sociedade deve tratá-la com respeito e naturalidade.
Pode ser dito como uma boa intenção, mas está longe de ser um elogio, pois reforça estereótipos e estigmas. Quando você diz que uma pessoa com transtornos mentais parece normal, deixa a entender que ela, na verdade, não é. Ademais, não use a palavra normal para pessoas, pois cada indivíduo é único, cada um tem o seu jeito de ser e de viver. Não há parâmetro de normalidade, todos nós merecemos respeito e dignidade.
Eliminar essas frases do nosso vocabulário, portanto, é uma forma de ajudar a construir ambientes de convivência mais respeitosos, confortáveis e inclusivos. Procure se informar mais sobre o tema, e exclua de uma vez por todas, essas palavras do seu vocabulário.
Esperamos que esse texto tenha te ajudado de alguma forma a repensar o uso de expressões capacitistas, e assim a Cria convida você a entender mais sobre e te mostra 3 maneiras de deixar suas redes sociais mais inclusivas.
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