Você já se referiu a uma pessoa com deficiência como “especial” ou “retardado”? Ou já pensou que uma pessoa com deficiência é incapaz de trabalhar e ser independente? Entenda mais com a gente sobre essas expressões capacitistas que você necessita repensar!
Capacitismo pode estar relacionado a um conjunto de atitudes preconceituosas que discriminam a capacidade dos indivíduos que possuem deficiência, presumindo – equivocadamente – que essas são incapazes de realizar atividades no cotidiano.
A falta de conhecimento sobre capacitismo, contribui para o preconceito continuar, fazendo com que mais pessoas utilizem termos que discriminatórios contra PCDs e NDs. Desse modo, por falta de informação, as pessoas podem ter comportamento capacitista sem perceber.
Pensando nisso, a Cria separou 5 expressões capacitistas que dificultam a relação com pessoas com deficiência e que devemos evitar, para alcançarmos a inclusão e diversidade.
1. “Especial / pessoa especial”
Ninguém é especial só por ter uma deficiência, deficiência não é qualidade e nem defeito é apenas uma característica. Por tanto, esse é um termo errado, pois ele reforça o estereótipo de que pessoas com deficiência não são “normais”, além de passar a sensação de que pessoas com deficiência devem ser separadas das pessoas sem deficiência, ou seja, reforça a ideia de segregação. Se for chamar uma pessoa com deficiência de especial, faça isso por ela ser realmente especial para você, e não pelo fato dela ter uma deficiência.
2. “Deficiente”
Resumir uma pessoa apenas a deficiência dela é bem capacitista, e é isso que acontece quando você chama uma pessoa com deficiência de deficiente, pois você estaria resumindo a pessoa apenas a deficiência dela, como se ela não fosse nada além disso. Definir uma pessoa apenas por uma característica pode ser ofensivo, e quando você utiliza o termo “deficiente” isso é o que você está fazendo.
Nesse sentido, podemos fazer uma comparação com a frase “ loira burra”, frase que resume a falta de inteligência a cor do cabelo, sendo que uma coisa não tem nada a ver com a outra, isso é apenas um estereótipo negativo. Você pode substituir essa palavra por pessoa com deficiência ou PCD que são os termos corretos.
3. “Retardado”
Esse termo apresenta um histórico de preconceito associado a esta palavra, sendo utilizado para se referir à deficiência intelectual, capacidade significativamente reduzida de compreender informações novas ou complexas e de aprender novas habilidades. Além disso, usar tal termo para definir a si mesmo quando fizer algo de errado ou para ofender alguém reforçam uma falsa ideia de superioridade.
4. “Coitadinha dessa pessoa, ela tem uma deficiência”
Pessoas com deficiência não devem ser tratadas como coitadas nem infantilizadas, e muito menos, serem sinônimos de dó e piedade.
É importante tratar como ela é, ou seja, uma pessoa como qualquer outra, com defeitos e qualidades. Até porque, a deficiência não é um carma ou um castigo divino, como costumam dizer por aí, devemos tirar esses estereótipos super negativos sobre deficiências das nossas cabaças, justamente para não sermos capacitistas. Ter uma deficiência é apenas mais uma característica de uma pessoa, e a sociedade deve tratá-la com respeito e naturalidade.
5. “Você parece normal”
Pode ser dito como uma boa intenção, mas está longe de ser um elogio, pois reforça estereótipos e estigmas. Quando você diz que uma pessoa com transtornos mentais parece normal, deixa a entender que ela, na verdade, não é. Ademais, não use a palavra normal para pessoas, pois cada indivíduo é único, cada um tem o seu jeito de ser e de viver. Não há parâmetro de normalidade, todos nós merecemos respeito e dignidade.
Eliminar essas frases do nosso vocabulário, portanto, é uma forma de ajudar a construir ambientes de convivência mais respeitosos, confortáveis e inclusivos. Procure se informar mais sobre o tema, e exclua de uma vez por todas, essas palavras do seu vocabulário.
Esperamos que esse texto tenha te ajudado de alguma forma a repensar o uso de expressões capacitistas, e assim a Cria convida você a entender mais sobre e te mostra 3 maneiras de deixar suas redes sociais mais inclusivas.
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