Você já percebeu a falta de inclusão social nas redes? A falta de acessibilidade ainda é algo muito frequente no meio digital.
Antes de tudo, precisamos entender a gravidade dessa situação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,4% da população brasileira acima de 2 anos tem algum tipo de deficiência. Além disso, de acordo com pesquisa BigData Corp, 9% dos sites que estão ativos no Brasil não são acessíveis para pessoas com deficiência.
Portanto, a exclusão digital é um tópico urgente na sociedade e incluindo, claro, os canais digitais de comunicação. Isso porque as redes sociais atualmente são espaços essenciais e relevantes para a comunicação da sociedade.
Pensando nisso, separamos 3 dicas que vão ajudar as suas redes sociais a se tornarem mais inclusivas para todo tipo de público que sofre com essas limitações.
Você sabia que sentenças mais longas e complexas atrapalham a leitura de pessoas cegas? Elas utilizam um leitor de tela para fazer leituras dos textos. Ao utilizar muito emojis ou palavras de difícil compreensão, dificulta-se a leitura. Uma alternativa boa é utilizar palavras de fácil compreensão e evitar usar emojis ou caracteres como @.
Além disso, priorize a utilização de fontes básicas, com pouco rebuscamento e a utilização do contraste de cores certas para facilitar a absorção do conteúdo.
Nesse post da Cria UFMG podemos perceber a facilidade de entendimento do texto e o contraste visual da imagem.
Esse tópico é essencial para pessoas cegas e com baixa visão. Com a descrição de imagem, é possível que o deficiente visual consiga visualizar e ter dimensão do que aquela imagem transmite. Nele pode haver a descrição das cores, conteúdos, objetos inseridos na imagem, com objetivo no conteúdo central e na figura.
É importante ressaltar que o texto deve ser exclusivamente descritivo e diferente da legenda utilizada no post. Redes como Instagram, Twitter, Linkedin e Facebook apresentam um recurso que consegue descrever a imagem automaticamente, oferecendo um texto alternativo para esse método.
Nesse post no Instagram da Magazine Luiza, a gente pode ressaltar a descrição de imagem. Esta pode começar com uma hashtag. Depois, ter uma palavra que diga que o texto é a descrição da imagem. Por exemplo, “acessibilidade”, ou como foi utilizado no post da MagaLu, “descrição da imagem” ou então “PraCegoVer”.
A utilização de vídeos está muito em alta nas redes sociais, principalmente com a nova plataforma do Instagram, os Reels e os stories. Contudo, esse é um problema para pessoas com deficiência auditiva, visto que há falta de recursos para a inclusão dessas pessoas. Pensando em redes sociais mais inclusivas, é essencial a adição da legenda nos vídeos, além de facilitar na compreensão do conteúdo.
Em 2020, o Instagram disponibilizou a opção de legenda automática. Isso facilita a demanda, uma vez que vídeos mais longos na hora de serem descritos, requerem muito tempo e disposição.
Nesse vídeo da influenciadora digital Hana Khalil, é possível perceber que o áudio é descrito na legenda. Isso facilita muito o acompanhamento do áudio.
Escrever em ordem direta, sujeito + verbo + complemento facilita a compreensão do texto, e auxilia a leitura de pessoas com deficiência intelectuais. Essa dica, pode ser um complemento da primeira dica.
Isso porque a junção da ordem direta com a linguagem simples, auxilia o melhor entendimento do conteúdo e a facilidade de absorção. Por exemplo, a ordem indireta das frases pode causar desconforto e dificuldade em pessoas com dislexia, síndrome de down, TDAH, dentre outras doenças.
Um exemplo e ordem direta é o título de um dos posts do nosso blog, que utiliza-se dessa ferramenta para o fácil entendimento do conteúdo.
É importante lembrar que a acessibilidade digital é um processo que está longe de conseguir abranger todos os tipos de deficiência. Essas dicas mostram que, aos poucos, a urgência desses questionamentos é posto em prática pelas plataformas. Desse modo, é essencial se manter atualizado e perceber a diversidade e inclusão como algo a ser repensado também fora das redes sociais.
Gostou do conteúdo? Então compartilhe e comente com seus amigos e familiares que têm dificuldade em deixar as redes sociais mais inclusivas!
Já que você curtiu muito as dicas e quer saber mais sobre como fazer sua empresa ser mais inclusiva, temos um post que fala justamente sobre 4 pontos de atenção para organizações. Só clicar nesse link e aproveitar todas essas informações
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