Ao longo dos anos podemos perceber a forma como o trabalho evoluiu. Antes, a exaustão mental e física em prol da produtividade eram valorizadas nas corporações. Atualmente, não é raro encontrarmos empresas que ainda pregam esse tipo de regime, mas o futuro aponta na direção das instituições que se preocupam com o bem estar dos seus colaboradores. Isso se expressa pelo fortalecimento dos departamentos de Recursos Humanos e pela consequente aplicação de técnicas relacionadas ao clima organizacional e ao perfil comportamental.
Com foco no bem estar dos membros, se mede o clima organizacional que é estabelecido a partir de um grupo de fatores que constitui um indicador de satisfação muito exato. Entre esses fatores pode-se considerar diferentes aspectos como valorização, saúde mental, identificação com os valores da empresa, comunicação, entre outros.
Para que o clima organizacional de uma empresa seja satisfatório é importante que sejam levadas em consideração as particularidades dos colaboradores. A principal delas está relacionado a personalidade de cada um e seu perfil comportamental.
O Perfil comportamental é uma importante ferramenta de identificação que as empresas podem aplicar para detectar competências, características, reações a situações diversas e pontos de melhoria em seus colaboradores.
A teoria do perfil comportamental teve diversas alterações e percepções ao longo dos anos. Desde a antiguidade o homem busca compreender o comportamento humano e tentar perceber repetições para que, como em outras ciências, o comportamento possa ser categorizado e classificado. A metodologia DISC é a mais recente e também a mais aceita juntamente com outras teorias que abrangem perfis comportamentais. Dessa forma, podemos dividir os perfis em 4, sendo eles: Comunicador, Executor, Planejador e Analista.
Observando cada perfil podemos destacar as características predominantes de cada um.
São ativos, extrovertidos e falantes. Tem o dinamismo aflorado e se adaptam a diferentes situações. Valorizam as pessoas e as relações interpessoais. Além disso, são criativos e cativantes, mas podem ter dificuldade no cumprimento de processos e prazos.
Prezam pelo cumprimento de tarefas, são líderes natos focados em resultados. Também são ativos e dispostos a correr riscos, não possuem medo do trabalho duro e sempre se colocam a disposição para ajudar.
Têm uma personalidade mais tranquila, são calmos e cuidadosos. Preferem ter uma rotina, seguir normas e regras. Se dão bem com pessoas ativas e dinâmicas, porém são mais introvertidos. Além disso, são flexíveis e bons ouvintes, suas tarefas tem disciplina e constância.
São rígidos e calmos, têm grande facilidade no cumprimento detalhado de processos sendo leais aos seus valores internos e os da empresa. Geralmente, precisam de estímulos externos para se animarem, mas gostam do seu individualismo.
É importante ressaltar que todas as pessoas possuem os 4 perfis, o que define nossa personalidade é a porcentagem que possuímos de cada um. Para saber mais sobre Perfis Comportamentais acesse Perfis comportamentais: conheça os tipos e saiba como ajudar seus colaboradores
Depois de entendermos os perfis comportamentais, podemos pensar em como essa análise nos ajuda em níveis de estratégia e no cotidiano da empresa. Podemos pontuar alguns benefícios no uso dessa metodologia.
Conhecendo melhor os colaboradores se sabe as ações feitas que darão melhores resultados. Por exemplo, um time com muitas pessoas do perfil Comunicador preferem ações de contato interpessoal, integrações e momentos de troca, enquanto uma equipe com mais Analistas vai preferir momentos de menor integração, provavelmente. Assim, a forma de se comunicar dos gestores pode ser mais efetiva e estratégica.
Muito semelhante ao tópico anterior, o autoconhecimento faz com que os membros entendam em quais tarefas e situações terão um melhor desempenho e como gostam de trabalhar. Além disso, podem observar quais as competências que têm em menor quantidade e, se achar necessário, executar ações para desenvolvê-las.
A forma como os gestores falam com os colaboradores é crucial no dia a dia de uma organização e, sabendo como cada pessoa assimila melhor uma mensagem, as lideranças podem se comunicar de maneira mais assertiva cotidianamente.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que 8% da taxa global de transtornos depressivos está relacionada atualmente a ambientes de trabalho. Por isso, é interessante que a empresa, principalmente departamentos de Recursos Humanos, busque conhecer seus membros para auxiliar os gestores e também os próprios colaboradores, lidando de forma humanizada e respeitosa para que transtornos mentais e físicos sejam evitados.
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